segunda-feira, 13 de julho de 2009

CTT - OS CAVALOS TAMBEM SE ABATEM!

Perante tantas novelas que parecem eternizar-se e cujo final não se vislumbra: Casa Pia, Freeport, BPN, BPP, entre outros, já nada parece surpreender-nos quando em cada dia surge um novo caso.
As ilicitudes sucedem-se vertiginosamente como se as mesmas, hoje, sejam tão naturais como o nascer do sol.
Tal como no Brasil ou em Portugal a produção de telenovelas vai de vento em popa, embora estas a que me refiro sejam mais semelhantes com as mexicanas e aqui exista uma diferença de monta: É que os protagonistas estabelecem o “cachet” e pagam-se a si mesmo.
Desta feita, existem mais de 20 casos em investigação, por indícios claros de ilícitos criminais que envolvem actos de gestão dos membros do Conselho de Administração dos C.T.T.; entre 2002 e 2004 – Carlos Horta e Costa, Manuel Batista, Luís Centeno Fragoso, Gonçalo Leónidas da Rocha e Vera Patrício Gouveia.
Já em Janeiro de 2008, Marinho Pinto havia alertado para a existência de corrupção no poder político (situação que de todo, todos desconfiamos desde sempre), denunciando o negócio do prédio de Coimbra tendo, no entanto, recusado citar nomes, mas não deixando de apontar responsabilidades a dirigentes do P.S. e P.S.D. de Coimbra que envolvia a venda de um prédio do Estado a uma empresa privada que, no mesmo dia, voltava a vende-lo por mais 5 Milhões de euros.
Fica-se agora saber que, para além da alienação do referido edifício, há notórias suspeitas dos crimes de administração danosa, corrupção, tráfico de influências, fraude fiscal, entre outros, emergentes da extinção do Banco Postal em parceria com a Caixa Geral de Depósitos – relançando de seguida essa parceria com o Banif -, a renovação da frota de Mercedes da Administração, a contratação de quadros de quadros com remunerações acima da média, a alienação da frota automóvel dos CTT à SLN/BCP, um donativo à Câmara Municipal de Gaia e até despesas de decoração dos gabinetes dos membros do Conselho de Administração, entre uma panóplia de outros casos, entre os quais, um pedido em numerário à Tesouraria Nacional no valor de Um Milhão de euros, para completar a escritura do prédio de Coimbra.
Para florir mais este escândalo, José Manuel Grácio, membro da Maçonaria, em conversa com Júlio Macedo, um dos arguidos no processo, afirmou-lhe; «Vou saber quem tem o caso dos C.T.T. e dou cabo dos gajos» deixando claro que iria recorrer aos seus «muitos amigos» na polícia para tratar do caso.
Este é só mais um caso e, tal como em todos os outros, pode-se concluir com bastante facilidade a promiscuidade existente entre maçons, políticos, banqueiros, autarquias e muitos agentes económicos/empresariais, que são um evidente e preocupante cancro na nossa sociedade.
Não há fim à vista e outros casos despontarão como cogumelos, enquanto Portugal se encontrar num latente “Estado de sítio” social, económico, político e judicial.
Enquanto os políticos legislarem no sentido do claro proteccionismo de interesses muito específicos, este país não passará da cepa torta.
Eu, que até tenho sido controverso relativamente a algumas afirmações de Marinho Pinto, não posso estar mais de acordo com ele quando afirma que a lei em Portugal não é igual para todos.
Eu pergunto: ATÉ QUANDO?

1 comentário:

Nica Villa Real disse...

Tal como no Brasil, esses casos acabarão em pizza. Ou seria em bacalhau?!