quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O AMOR NEM PRECISA DE TITULO!


- O amor não te faz arder em chamas. O nome disso é combustão instantânea. Amor é outra coisa.
- O amor não te deixa saltitante. O nome disso é síndrome de canguru. O amor é outra coisa.
- O amor não te faz acreditar em falsas promessas. O nome disso é campanha eleitoral. O amor é outra coisa.
- O amor não te faz esquecer de tudo. O nome disso é amnésia. Amor é outra coisa.
- O amor não te faz perder a articulação das palavras de repente. O nome disso é AVC. O amor é outra coisa.
- O amor não te faz sentir borboletas no estômago, o nome disso é fome. O amor é outra coisa.
- O amor não te deixa completamente imóvel. O nome disso é trânsito de Lisboa. O amor é outra coisa.
- O amor não te deixa prostrado e sonolento. O nome disso é Prozac. O amor é outra coisa.
- O amor não te deixa temporariamente cego. O nome disso é gás pimenta. O amor é outra coisa.
- O amor não faz o teu mundo girar sem encontrares saída. O nome disso é labirinto. O amor é outra coisa.
- O amor não te deixa sem chão, o nome disse é cratera. O amor é outra coisa.
- O amor não te deixa febril e te obriga a ficar acamado. O nome disso é dengue. O amor é outra coisa.
- O amor não te leva o café da manhã na cama e ainda dá na boquinha. O nome disso é enfermeiro. O amor é outra coisa.
- O amor não te faz olhar para céu e ver tudo colorido. O nome disso é fogo de artificio. O amor é outra coisa.
- O amor não te faz ficar simpático e amoroso de repente. O nome disso é Natal. O amor é outra coisa.
- O amor não te faz ver o mundo cor-de-rosa. O nome disso é fantasia. O amor é outra coisa.
- O amor não é aquela coisa que te faz dançar, que te remexe todo. O nome disso é musica. O amor é outra coisa.
- O amor não te dá a possibilidade de mudar o que está diante de ti. O nome disso é controlo remoto (ou zapping). O amor é outra coisa.
- O amor não diminui ou anula as tuas defesas. O nome disso é SIDA. O amor é outra coisa.
- O amor não te apanha desprevenido e te faz espalhar ao comprido. O nome disso é tropeço. O amor é outra coisa.
- O amor não faz o coração bater mais rápido. O nome disso é arritmia. O amor é outra coisa.
- O amor não te faz dar suspiros. O nome disso é dia de Cosme e Damião. O amor é outra coisa.
- O amor não te faz ver tudo com outros olhos. O nome disso é ilusão óptica. O amor é outra coisa.
- O amor não te coloca nada em cima quando estás em baixo. O nome disso é Viagra. O amor é outra coisa.
- O amor não te deixa pedrado. O nome disso é cocaína. O amor é outra coisa.

....E SE O AMOR FOR ISTO E MUITO MAIS E NÃO FOR OUTRA COISA?

domingo, 21 de fevereiro de 2010

NÃO QUEIRAS PROVAR O TEU PRÓPRIO VENENO!

Costumo balançar numa quanta hesitação quando alguma coisa me parece tirar do sério; - se merece ou não a pena extrapolar, atribuindo o valor que um determinado comportamento até tem, mas se ir mais além não poderá representar que vou dimensionar uma situação, que conduzirá a um determinado resultado, que será naturalmente desagradável.
É para mim muito confuso que a intrepidez de um amigo, na sua obstinação de assumir posições unilaterais, convencido que o fiel da balança tem de pender sempre para o seu lado, roubando nitidamente no peso, como qualquer vendedeira de rua, tentando assacar para si um lucro que não lhe advém da seriedade, mas da avidez, neste caso concreto, de aumentar o seu pecúlio de razões, que muitas as vezes não tem, assumindo atitudes inconcebíveis quando o “negócio” não lhe corre de feição.
Se tudo na vida é cíclico, então porque negar, ou não querer ver, que a amizade também faz parte desta realidade intrínseca e que, as velhas amizades também se podem comprometer e esgotar quando os argumentos não se renovam e aviltam os princípios e as regras que lhe estão adjacentes, da reciprocidade e do respeito pessoal, quando uma das partes crê, inopinadamente, e interrompe abruptamente o diálogo, afirmando que só fala do que quer, só ouve o que quer e que esta conversa fica por aqui, já!
Não me revejo neste tipo de comportamento e jamais tentei perverter as ideias e (ou) a vontade de quem quer que seja, mesmo não sendo propriamente dos amigos embora, quanto a estes últimos, sinta um outro à vontade na discussão das ideias, no sobressalto das realidades do dia-a-dia e na conjugação, ainda que empírica, que muitas as vezes se podem extrair quando se fala das coisas sem sofismas.
Até sou paciente, mesmo muito paciente, de certa forma, com pessoas de trato difícil e não me detenho nunca na análise simplista de que estou perante alguém que não interessa a ninguém. Não, porque o que condiciona os comportamentos de cada um de nós, tem sempre a ver o com o nosso percurso de vida, com as nossas vivencias, negativas e positivas, que influenciam inevitavelmente o nosso carácter, logo a nossa postura perante a vida e os outros, mas jamais podemos ou devemos transformar em arma de arremesso os nossos recalcamentos.
Reconheço que não temos todos a mesma força de nos sobrepor a essas vicissitudes, de lutar contra os nossos fantasmas, tornando assim a nossa vida melhor e com mais sentido e, por acréscimo, tornar mais felizes os que nos rodeiam e esse anátema pode até perseguir-nos a vida inteira.
Tenho sentido, em muitos dos teus gestos, perfeitamente incongruentes, que te rebelas contra tudo e todos, não te apercebendo que vais, e cada vez mais, pagar um preço altíssimo por isso, que te isola assustadoramente, e que se chama solidão. E a solidão mata!
Pega nesses frasquinhos de veneno com que, erradamente, pensas estar defendido e que acometes com muita frequência, mesmo contra aqueles que gostam de ti, e desfaz-te deles rapidamente, não vá dar-se o caso de algum deles se te rebentar nas mãos e teres de provar o teu próprio veneno!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

OPINIÕES PERIGOSAS



José Sócrates, em entrevista ao Jornal Libéracion (3/10/2010)

“Não vejo nenhuma razão objectiva para considerar que a Grécia apresente um risco tão elevado como alguns dizem.”

Sócrates não esclarece quem são os “alguns”, mas presume-se que se refira a “experts” em economia. A Grécia, certamente, não agradecerá a opinião de Sócrates com receio que os observadores internacionais, atentos ao que se passa em Portugal, considerem que afinal o problema daquele país é ainda mais grave.

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Manuel Alegre, em resposta a uma entrevista concedida á revista “Visão” por Belmiro de Azevedo, disse ao jornal “O Publico”:

“Se nós tivermos juízo o país pára.”

Respeito inteiramente a opinião de Manuel Alegre, não deixando de acrescentar: se não ter juízo representasse que uma cambada de doidos trabalhava activamente no sentido do desenvolvimento do país, estaríamos certamente na vanguarda da Europa, já para não dizer do mundo; - Portugal, é hoje um sítio onde o juízo parece não abundar e os resultados estão bem à vista e provam a nossa falta de tino.

Por sua vez, Soraia Chaves, disse ao “Correio da Manhã”:

“Gostaria de fazer uma mulher mais desequilibrada”

Será que esta frase representa um apoio implícito à candidatura de Manuel Alegre, ou será só para chatear Belmiro de Azevedo?

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O senhor Presidente da Republica, em entrevista concedida ao “Expresso” hoje:

“Portugal e Grécia não podem ser comparados. O Nosso país sempre foi cumpridor.”

É óbvio que a Cavaco Silva cumpre-lhe apaziguar as hostes, pelo que se compreende a sua opinião. Tenho, no entanto de relembrar, o que não é novidade para ninguém, que muita, mas mesmo muita gente séria, encontra-se hoje em situações gravíssimas de incumprimento das suas obrigações, sem que com isso se tenha quebrado a sua seriedade.
Muitas as vezes, o incumprimento das nossas responsabilidades não aquilata o nosso grau de seriedade, quando tal acontece por razões que estão para além dessa essência.
Grave é que se o País até aqui tem cumprido, como afirma, tal se deve, cada vez mais, ao esforço e sofrimento deste povo que pouco ou nada recebe em troca.
O País tem sido mal gerido? Sem dúvida e eis o resultado. Como podemos acreditar num governo que decretou o fim da crise em 2007, numa pura e descarada mentira, e reincide no final de 2009?
Possivelmente Portugal vai continuar a cumprir e isso vai ser muito duro. A Nação, através dos seus governantes, vai mais uma vez agradecer e, como sempre, mal; - quando chegar a bonança, que tardará, repetir-se-ão os mesmos erros, os beneficiados serão os do costume, os lóbis vão continuar. E nós os que tivemos de colocar a dita seriedade (leia-se cumprimento de obrigações) em espera e que, como sempre, somos os verdadeiros salvadores da pátria, receberemos o quê em troca?

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

PORTUGAL É, EM SI MESMO, UMA CRISE.



Não enfermo da malfadada doença que, inevitavelmente, atrofia este país e que se chama "partidarite crónica" e não me refiro, obviamente, nem ao poder económico, nem às classes privilegiadas e muito menos à classe política, dado que todos eles são movidos por interesses específicos que em nada se identificam com os interesses da esmagadora maioria dos portugueses. O que me leva a construir esta ideia e a manifesta-la é exactamente a inexistência de um poder, minimamente analítico, por parte dos cidadãos que permita ter uma outra visão da realidade; - estivemos 48 anos num encolher de ombros permanente e já levamos mais 35 anos, período em que temos sido literalmente arrastados para caminhos ínvios, mercê desta partilha de poder, consubstanciada em dois partidos (PS/PSD, incluindo o CDS, que também tem as sua quota-parte de responsabilidade), sendo que para mim detenho que nem é um socialista, nem o outro é social-democrata. E não é mera questão de retórica porque os factos falam por si.
Poderei deixar a ideia de estar vinculado a forças políticas à esquerda das que citei, mas não: - nem tão pouco a de que não concordo com a existência de partidos políticos, pois tal seria contraproducente e não faria sentido, dado que sempre me bati pelos valores da liberdade e de uma democracia plural e, desculpem-me o pleonasmo, porque sem pluralidade não há democracia e sem democracia não há liberdade.
É evidente que tenho os meus ideais e uma concepção da sociedade em que gostaria que todos vivessem mas que está muito distanciada da prática viciada desta subespécie de políticos que nos tem proporcionado, com os seus desaires, sucessivas crises, sem que alguma vez se tenha avistado uma luz, ainda que ténue, ao fundo túnel.
Falta-me acreditar na possibilidade da boa governabilidade do país e nem são os acordos ora estabelecidos para a aprovação do Orçamento de Estado para 2010,nem qualquer acordo de incidência parlamentar para criar estabilidade, como se parece ter preconizado no Conselho de Estado, que vão resultar: - a crise é profunda, a classe política é calamitosa e este povo é o que é e vale o que vale. Daí, provavelmente, a frase que sobre os nossos antecessores Lusitanos é atribuída a Gaius Lulius Caesar (110-44 aC): "há nos confins da Ibéria um povo que nem se governa nem se deixa governar".

NÓS, OS PORTUGUESES, SOMOS POBRES?



Há dias, a falar com um amigo meu nova-iorquino que conhece bem Portugal, disse-lhe eu à boa maneira do “coitadinho” português: - sabes que nós os portugueses, somos mesmo pobres?. A resposta não se fez esperar e retorquiu:
- Como podes tu dizer que são pobres, quando pagam por um litro de gasolina, mais do triplo do que pago eu?
- Como podes tu dizer que são pobres quando pagam comissões bancárias por serviços e cartas de crédito ao triplo que nós pagamos EUA?
- Ou quando podem pagar por um carro que a mim me custa 12.000 US Dólares (8.320 EUROS) e vocês pagam mais de 20.000 EUROS, pelo mesmo carro? Podem dar mais de 11.640 EUROS de presente ao vosso governo do que nós ao nosso.
- Nós é que somos pobres: por exemplo em New York o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é 6%, nada comparado com os 20% dos ricos que vivem em Portugal. E contentes com estes 20%, vocês pagam ainda impostos municipais.
- Além disso, são vocês que têm " impostos de luxo" como são os impostos na gasolina e gás, álcool, cigarros, cerveja, vinhos etc, que faz com que esses produtos cheguem em certos casos até certos a 300 % do valor original., e outros como imposto sobre a renda, impostos nos salários, impostos sobre automóveis novos, sobre bens pessoais, sobre bens das empresas, de circulação automóvel.
- Um Banco privado vai à falência e vocês que não têm nada com isso pagam, outro, uma espécie de casino, o vosso Banco Privado quebra, e vocês protegem-no com o dinheiro que enviam para o Estado. E vocês pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal, um vencimento anual que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA.
-É ser pobre, com uma justiça cara e inoperante, cujos julgamentos demoram uma eternidade, quando nós julgámos o caso” Maddof” em poucos meses?
- Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e bens pessoais mediante retenções, necessariamente tem de nadar na abundância, porque considera que os negócios da nação e de todos os seus habitantes sempre terão ganhos apesar dos assaltos, do saque fiscal, da corrupção dos seus governantes e autarcas. Um país capaz de pagar salários irreais aos seus funcionários de estado e da iniciativa privada.
- Os pobres somos nós, os que vivemos nos USA e que não pagamos impostos sobre a renda se ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é mais ou menos os vossos 2.080 €uros. Vocês podem pagar impostos do lixo, sobre o consumo da água, do gás e electricidade. Aí pagam segurança privada nos Bancos, urbanizações, municipais, enquanto nós como somos pobres nos conformamos com a segurança pública.
- Vocês enviam os filhos para colégios privados enquanto nos EUA as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos prevendo que não os podemos comprar.
VOCÊS NÃO SÃO POBRES, GASTAM É MUITO MAL O VOSSO DINHEIRO
Vocês, portugueses, são uns burros, e deixam-se roubar.
Quando é que abrem os olhos, quando já for tarde e não houver remédio?