
É claro que não posso deixar de ficar estupefacto com tais afirmações, para mais vindas do “pai” do Serviço Nacional de Saúde e por quem eu nutria alguma simpatia. Que pretende António Arnaut com esta lengalenga a não ser, ele próprio, tentar exercer pressão sobre os magistrados que pretende atingir?
Qual será o conceito de “deslealdade e denuncia” de António Arnaut; - “a quebra de lealdade e a denúncia” dos magistrados visados foi feita na sequência e com consequências para processo ou entende Arnaut que essa “traição” foi feita ao Partido Socialista, a José Sócrates e, só mesmo por ultimo a Lopes da Mota?
Como se sente no direito António Arnaut de chamar, preto no branco, delatores a dois magistrados, cujo comportamento deve ser enaltecido, de se sentirem incomodados com a intromissão no seu trabalho e não se vergarem nem serem coniventes com outros interesses que não sejam os da justiça, logo, da verdade?
E por último, entende Arnaut que qualquer conversa privada, seja ela qual for, independentemente da sua gravidade, não deve ser do conhecimento público, considerando mesmo que «Houve até alguma infidelidade, ou deslealdade, dos magistrados relativamente ao Procurador-geral da República, que é seu superior hierárquico».
O que parece não entender António Arnaut (mas só parece, mesmo) é que o sr. Procurador-geral não é a Republica, mas tão-somente um seu representante a quem os magistrados do Ministério Publico se submetem hierarquicamente mas, a integridade consubstanciada na atitude destes magistrados, não pode ser interpretada levianamente como infidelidade ou deslealdade, porque a VERDADE é um bem inestimável, que honra e dignifica a justiça, o sr Procurador-geral e, sobretudo, o país.
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