terça-feira, 28 de outubro de 2008

À REDEA SOLTA - PARTE I

O ESTADO DEVEDOR…
O Governo decidiu, em 2006, reforçar o combate à fraude e evasão fiscal através da publicação, automática, da lista de devedores ao Fisco e à Segurança Social.
Mas sucede que o Estado também é devedor. E que devedor! Apesar da opacidade das suas contas, estima-se que deva entre 2500 e 3000 milhões de euros a cerca de 13.000 cidadãos e empresas. Dívidas de autarquias, dívidas de institutos, dívidas de empresas publicas, dividas de serviços integrados e de fundos autónomos; dívidas dos hospitais EPE (que são praticamente todos), dívidas do programa Polis e tantas outras…MAS ESTAS NÃO PODEM SER PUBLICADAS porque a sua publicação depende de requerimento expresso do credor ao Ministro das Finanças e só se estas forem superiores a 3500 ou 7000 euros, para pessoas singulares, no primeiro caso, ou pessoas colectivas, no segundo. Sem direito a juros de mora.
Neste momento constam dessa listagem apenas uma misericórdia e duas empresas, que demonstram a sua coragem neste atentado contra a igualdade, e o risco que correm estas duas ultimas é nunca mais voltarem a ser contratadas.
“QUEM ROUBA UM PÃO É UM LADRÃO, QUEM ROUBA UM MILHÃO É UM BARÃO!”

O REGABOFE NA GEBALIS
Penso que já a nenhum de nós causa estranheza notícias deste teor, dado que começamos a estar por demais habituados à sua recorrência, perante a passividade de quem por direito devia fiscalizar e a total impunidade de quem prevarica.
E isto não passa da ponta do “ICEBERG” do que se vai passando um pouco por todo o lado, sabendo nós das mordomias de que se gozam muitos quadros dos organismos públicos e do laxismo que neles grassam. Esperemos que o Ministério Publico esteja cada vez mais atento a este e a outros casos e que a Dr.ª Maria José Morgado seja uma combatente acérrima contra o despudor da delapidação dos dinheiros públicos.
“COM O PÃO DO NOSSO COMPADRE, GRANDE FATIA AO NOSSO AFILHADO”

BELAS…
A população de Belas/Queluz, escreveu à ministra da saúde, Ana Jorge, a pedir um novo centro de saúde, porque o existente funciona num edifício bastante degradado e as pessoas têm de esperar na rua. Louva-se a acção, relembrando a população de Belas que estarão na mesma situação muitos outros centros espalhados pelo país e que o Ministério da Saúde deve estar “vacinado” contra essas e outras reclamações sobre o desaforo que têm sido algumas reformas da saúde, lesivas dos mais elementares direitos e necessidades dos utentes.
“NÃO HÁ “BELAS” SEM SENÃOS! “

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