sábado, 25 de outubro de 2008

QUE TAL ESTARÁ A SAUDE NA BANCA?

Acho que o país acaba de ficar boquiaberto com os noticiários da noite de todos os canais de televisão. Os bancos BPI, BES, BCP, CGD e Santander/TOTTA, acabam de manifestar a intenção de utilizar a garantia de 20 mil Milhões de euros dada pelo Estado e, para maior surpresa, o Governo congratula-se com a posição da banca.
Isto é estranho e para o português comum cheira mesmo a esturro, e veja-se porquê:
A banca em geral e os bancos citados, em particular, têm apregoado aos quatro ventos a boa saúde de que a banca goza, tendo vindo a afirmar com frequência que todos eles têm excesso de liquidez, com especial relevo para o BPI, que na pessoa do seu presidente Fernando Ulrich, hoje mesmo afirmou em directo no canal 1, ter este banco dinheiro a mais, emprestando-o a bancos nacionais e estrangeiros. Estranho, muito estranho!
Mas é ainda mais estranha a “satisfação” manifestada pelo governo, quando este devia era estar preocupado com esta possibilidade, uma vez que ela demonstra, iniludivelmente, que as coisas não estarão tão bem, como se pretendem fazer crer nas mensagens que o Ministro da Finanças não se cansa de repetir a cada momento.
Ou estaremos perante um bom negócio para todos os intervenientes? O Estado arrecada uma percentagem que ainda não está definida mas que, ao que tudo indica, é baixa e a banca adquire dinheiro a um preço agradavelmente barato para o colocar no mercado a um preço que todos nós já conhecemos.
E estranho ainda mais a celeridade com que a banca vem a terreiro colocar a possibilidade de utilizar esta garantia, não tendo sido tão célere a manifestar-se quanto a entrar ou não no fundo imobiliário, dito para “salvar as famílias em dificuldade”, com excepção da C.G.D. que, sendo maioritariamente estatal, tomou a dianteira, colocando-se no lugar da “lebre”, talvez para incentivar as outras instituições.
As regras de uma e outra situação parecem não estar ainda estabelecidas, mas uma coisa parece ser claro: - a garantia interessa e os bancos alinham. Quanto às casas, logo se vê se o negócio é rentável e só aí se pronunciam.
Uma coisa podemos ter todos como certo; - a banca não dá almoços de graça, por isso há aqui qualquer coisa que nos deve manter atentos, porque me parece que a crise em Portugal, não é bem como eles nos querem fazer crer!

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