quarta-feira, 1 de outubro de 2008

ORA AGORA FALAS TU, ORA AGORA FALO EU (3)

O QUE SE DISSE FOI QUE a União Europeia aguenta a banca Portuguesa. – As instituições financeiras nacionais, pediram à autoridade monetária, Banco Central Europeu, 5,5 mil milhões de euros no último ano, contra 234 milhões no ano anterior.
O BdP - Banco de Portugal, segundo o seu ultimo boletim estatístico, a cedência de liquidez à instituições financeiras que trabalham no nosso país subiu 23 vezes desde o principio do ano e, a verdade, é que os bancos portugueses já não conseguem viver sem ajuda de Jean Claude Trichet, presidente do B.C.E..

O QUE EU DIGO É QUE, escamoteando toda esta realidade e prosseguindo na senda de manter este país em “banho-maria”, José Sócrates veio aos meios de comunicação social, como sempre, com pezinhos de lã, «tranquilizar o país quanto às suas poupanças» (!?), afirmando mesmo que «o sistema financeiro português tem mostrado boa resistência e estar de boa saúde».
Mas o que o Primeiro-Ministro não disse, deliberadamente, também como sempre, é se Portugal está ou não minimamente preparado para minimizar os efeitos colaterais desta depressão, e as declarações do Ministro da Economia não auguram nada de bom nesse sentido, assim como não disse a que portugueses se dirigia com a suas demagogas palavras tranquilizadoras, porque para a maioria dos cidadãos deste país não foi, com certeza! - porque os portugueses estão cada vez mais pobres, não lhes chegando o dinheiro para (sobre)viver, quanto mais para aforrar.
Poderá, isso sim, ter tentando tranquilizar uns quantos privilegiados, e são mais que muitos, onde ele próprio se inclui, todos eles talvez mais assustados, porque a nós, a quem este e outros governos só faltou tirar a camisa já não temos razões para ficar em pânico. É que já estamos há muito tempo.
E Sócrates sabe muito bem não poder dar essa garantia de barato, porque só o evoluir da situação de crise nos Estados Unidos irá ditar, inevitavelmente, o que se irá passar no futuro próximo, com todas as consequências e repercussões nas economias mundiais. E em Portugal, que tem sido sempre o país do deixa andar, logo se vê, a economia não cresceu como nos restantes países europeus o que agora nos coloca numa posição de grandes dificuldades. Grandes de mais para que Sócrates venha tentar tapar o sol com uma peneira, só faltando afirmar que Portugal, com ou sem Alice, é mesmo o “País das Maravilhas

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