terça-feira, 7 de outubro de 2008

A CRISE ECONÓMICA NA OPINIÃO MUNDIAL

Entenda a crise financeira DE VERDADE
DESIQUILIBRIOS ESTRUTURAIS DO CAPITALISMO ACTUAL
06-Out-2008
A actual crise económico-financeira internacional insere-se no marco de um ciclo longo recessivo, do qual o capitalismo não conseguiu sair desde o seu início, em meados da década de 70 do século passado. Sem essa inserção, fica difícil a apreensão do carácter dessa crise, das consequências que pode produzir e do cenário que deve surgir depois dela.Por Emir Sader, publicado originalmente no Brasil de Fato.
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A DUPLA CRISE EUROPEIA: FINANCEIRA E DEMOCRÁTICA
07-Out-2008
A crise financeira atingiu a Europa, apesar dos discursos que, desde há um ano, pretendiam tranquilizar, mas que revelavam uma total cegueira sobre as suas causas e amplitude. A integração financeira atingiu um tal grau que todos os bancos e instituições financeiras foram envolvidos na bolha imobiliária e participaram na especulação sobre títulos hipotecários. A economia real é agora afectada, pois vários países membros da UE entraram em recessão. Artigo publicado por Attac França.
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DE ONDE SAIRÁ O DINHEIRO PARA SALVAR OS RICOS E OS BANCOS?
06-Out-2008
Uma das questões que mais chama a atenção dos cidadãos comuns é de onde vai sair ou de onde estão a sair as centenas e centenas de milhares de milhões de dólares que os bancos centrais e o tesouro norte-americano estão a pôr à disposição dos bancos. Artigo do economista Juan Torres López, publicado a 3 de Outubro de 2008 em Fundación Sistema
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PLANO PAULSON NÃO EVITA RECESSÃO NOS EUA
04-Out-2008
Para o economista James Galbraith, o plano de socorro nos EUA só empurra o problema para o próximo presidente. Para ele, "o que acontece aqui não é socialismo, mas um acto de tentar salvar um grupo de pessoas culpado de actos muito prejudiciais".
Por Sérgio Dávila, da Folha de S. Paulo , publicado no blogue Outra Política
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BOLSAS: MAIS UMA SEGUNDA FEIRA EM PÂNICO
06-Out-2008
As bolsas caíram drasticamente na segunda-feira em todo o mundo. Wall Street chegou a viver momentos de pânico, com uma queda de 8% no índice Dow Jones, mas recuperou um pouco e fechou com queda de 3,5%. Em Lisboa, o índice PSI 20 caiu 10%, a sua maior queda de sempre. As quedas na Europa - Londres caiu 7,8%; Frankfurt perdeu 7% Paris teve uma queda de 9% - reflectem o temor de novas falências no sistema bancário e também o receio dos impactos da crise financeira.
Na opinião de um estratega do Royal Bank of Canada, ouvido pelo New York Times, o plano de resgate "é uma solução de mais longo prazo; vai ajudar, quando as coisas acalmarem", disse. Mas para já, as coisas não estão nada calmas. Agora, o fogo parece estar fora de controlo."
As bolsas europeias caíram todas significativamente: em Londres o índice Footsie caiu 7,85%; o Dax na Alemanha caiu 7,07%; o Ibex em Espanha caiu 6,06%, o CAC-40 em França 9,04%, o Aex em Amsterdão 9,14%.
O índice europeu que abrange as 50 principais empresas europeias, o Stoxx50 baixou 7,41%.
O Banco Central Europeu fez nesta segunda-feira nova injecção de 50 mil milhões de dólares, tal como já tinha acontecido na sexta-feira passada.
A tendência de queda fez-se também sentir na Ásia com quedas superiores a 4%, tendência de queda que também se faz sentir em Nova Iorque.
Na Europa, os analistas apontam como razão imediata para as quedas os receios do impacto da crise financeira no continente europeu e igualmente o temor de falências no sistema bancário, perante o que se passou nos últimos dias com a necessidade de intervenção de diversos governos para salvar bancos como o Hypo Real Estate, o Fortis e o Dexia.
O governo alemão anunciou o "compromisso político" de garantir os depósitos nos bancos do país, enquanto a Dinamarca passou a garantir todos os depósitos integralmente e a Suécia decidiu aumentar de forma substancial as quantias seguradas.
Na semana passada, os governos da Irlanda e da Grécia já tinham anunciado garantias integrais aos depósitos.
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FMI PREVÊ PARA PORTUGAL ESTAGNAÇÃO E CRESCIMENTO DO DESEMPREGO
06-Out-2008
O FMI reviu em baixa as previsões para Portugal, apontando para a estagnação da economia e para o aumento do desemprego em 2009. As previsões daquela instituição apontam que o PIB de Portugal cresça em 2008 0,7% e que em 2009 apenas 0,6%, quanto ao desemprego as previsões do FMI apontam para 7,6% em 2008 e 7,8% em 2009. Em Julho passado as previsões do FMI apontavam para um crescimento do PIB de 1,3% em 2008 e 1% em 2009.
Em relatório tornado público na passada Sexta feira, o FMI prevê um agravamento da situação económica portuguesa. Além da estagnação económica, o FMI prevê ainda o agravamento do défice externo e o aumento do desemprego para 2009.
Segundo as previsões daquela instituição monetária internacional, o défice externo deverá aumentar. Em 2007 o défice da balança de transacções correntes deverá ter sido de cerca de 8,6% do PIB, deverá aumenta
r em 2008 para 10,7% e em 2009 para 11,4%.
No relatório os economistas do FMI alertam para as vulnerabilidades da banca portuguesa. Segundo eles, de acordo com a análise que fizeram às contas das empresas, o crédito mal parado das empresas poderá triplicar, afectando o sector financeiro. Os economistas do FMI salientam que os bancos "podem vir a precisar de reforçar as suas posições de capital" e que a dependência dos bancos portugueses em relação aos mercados internacionais pode aumentar os "riscos de liquidez".

1 comentário:

Anónimo disse...

A sensação que fica para o cidadão comum é que o pessoal do sistema financeiro pode fazer a barbaridade que quiser que o contribuinte estará refém e terá que socializar os prejuizos para o bem da maioria.