Que raio, já não entendo.
É só abrir os jornais
E já me parecem banais
As noticias que vou lendo
De tamanha violência
Que espelha bem a demência
Do mundo que vamos tendo
É tamanha a confusão
Que está instalado o caos
Neste lugar em que dos maus
Já não se consegue ter mão
Vão alargando o seu espaço
Praticando a cada passo
O crime impune e vilão
É assim, em todo o lado
Dizem as cabeças d’oiro
Temem os cornos do toiro.
Fazem leis por atacado
Espartilhando sua eficácia
E por esta pertinácia
Surge o crime organizado
Sim, eu desconfio das leis
E da sua aplicação
Porque afinal a razão
Todos decerto a sabeis
Salta à vista de qualquer
Pois só visam proteger
Os poderosos cruéis
E o que fazer afinal?
Sem solução aparente
Que é cada vez mais urgente
Para que seja terminal
E cumpram os tribunais
Não se faça esperar mais
Revejam o Código Penal
É só abrir os jornais
E já me parecem banais
As noticias que vou lendo
De tamanha violência
Que espelha bem a demência
Do mundo que vamos tendo
É tamanha a confusão
Que está instalado o caos
Neste lugar em que dos maus
Já não se consegue ter mão
Vão alargando o seu espaço
Praticando a cada passo
O crime impune e vilão
É assim, em todo o lado
Dizem as cabeças d’oiro
Temem os cornos do toiro.
Fazem leis por atacado
Espartilhando sua eficácia
E por esta pertinácia
Surge o crime organizado
Sim, eu desconfio das leis
E da sua aplicação
Porque afinal a razão
Todos decerto a sabeis
Salta à vista de qualquer
Pois só visam proteger
Os poderosos cruéis
E o que fazer afinal?
Sem solução aparente
Que é cada vez mais urgente
Para que seja terminal
E cumpram os tribunais
Não se faça esperar mais
Revejam o Código Penal

2 comentários:
(In) Segurança espelha a revolta de milhões de pessoa que não aceitam ser subjugadas e quotidianamente ameaçadas.
Ao Mundo
(Aqui vai uma prova de solidariedade minha ao teu belo poema).
Requebres de poemas sem lei
apontamentos da vida
onde nada tem conjuntura
imperando o desdenhoso caos
num grotesco sorriso
de águas podres.
Que não se negue a evidência
da desolação dos sentidos
e a neutralidade da mente.
O vento sopra indiferente
aos gritos vindos do Hades
das nossas almas.
O sol brilha numa crueldade
de gigante poderoso, tudo queimando.
O verde chora sem esperança no futuro.
O azul desmaia de fadiga
deixando-se cair no cinzento das nuvens.
Só se ouvem melancólicos
os requebres de poemas sem lei
perdidos na esterilidade da existência
morta.
Lisboa, 12 de Agosto de 2008
Liliana Josué
Enviar um comentário