segunda-feira, 31 de maio de 2010

OPERETA DO MALANDRO


Noticia hoje, o Diário de Noticias, que pelos melhores e piores motivos, a passagem de José Sócrates pelo Rio de Janeiro foi uma verdadeira aventura. E foi, claro que foi, mas as passagens do, ainda primeiro-ministro, não são só uma aventura no Brasil; são em todo e qualquer ponto do globo, sendo que em Portugal, mais do que isso, são mesmo uma desventura.
Segundo um velho ditado que, quem faz um cesto faz um cento, e que se encaixa perfeitamente nas tibiezas, de aparente e constante mentira, a que nos temos vindo a habituar, impávidos e serenos, por parte de Sócrates e do seu (ainda governo), aceitando o compulsivo e reiterado hábito de ocultação da verdade como se fossemos uma cambada de bimbos, o que infelizmente até somos, escamoteando toda a perversão que dimana de quem, e bem, nos deveria governar, “lá vamos cantando e rindo” como se o futuro do país; o nosso, dos nossos filhos e dos nossos netos, tenha a mesma importância de um mero jogo de botão.
Chico Buarque confessa que jamais dirigiu um convite a José Sócrates e que tal encontro se ficou a dever a um pedido do gabinete de Lula da Silva, a pedido de Sócrates.
Fazendo fé no desmentido de Chico, que apesar de ser o autor da Ópera do Malandro, não me parece sê-lo, tudo me leva a crer que aquele café tomado em Ipanema não tenha passado de uma sublimação de Sócrates, sem custos para o erário publico nem para nenhuma empresa publica (estou-me só a recordar de Luís Figo). Até porque acredito piamente que Buarque não se prestasse a uma encenação deste tipo.

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