quinta-feira, 27 de maio de 2010

MARIONETES


Tenho-me mantido silencioso, nos últimos tempos em todos os meus blogs, tendo inserido, apenas, algumas coisas oriundas de terceiros, por manifesta falta de vontade de abordar questões que fariam, talvez, mais sentido tomando em linha de conta a realidade nacional. Mas é que me tenho sentido enjoado para comentar o que considero esgotado, relativamente a esta amálgama de opiniões, concertadas ou dúbias, na sua maioria, para nos convencer que a saída da crise, em uníssono, tem a ver com a concordância colectiva, digo sacrifício de todos, como se todos nós tivéssemos estado sempre no mesmo patamar, usufruindo dos mesmos direitos, logo, gozando das mesmas benesses e que na hora de responder às dificuldades caiba a cada um de nós, equitativamente, comparticipar de igual maneira sem pestanejar.
Portugal, não é comparável a uma sociedade por quotas, com responsabilidade limitada apesar da comparação, que se pode empiricamente estabelecer, de que apesar de sermos sócios maioritários (o povo), entregarmos sucessivamente a gerência a uns quantos indivíduos (leia-se governo), que devia administrar, e bem, os interesses da sociedade, a fim de proporcionar lucro, traduzido em bem estar social, objectivo primeiro do nosso investimento, gerindo segundo interesses abrangentes e, nunca, usufruindo a seu bel-prazer das prerrogativas que lhe foram concedidas no contrato estabelecido, de confiança, para aviltar esse mesmo acordo, pervertendo-o descarada e abusivamente, com dolo reiterado, usando e abusando impunemente das decisões que não faziam parte do contrato, mas que eles cilindram perante a impassibilidade da maioria dos detentores do capital (o povo).
Quando uma sociedade vai à falência todos perdem, mas a quem assacar responsabilidades a não ser a quem geriu com incongruência, falseando os dados, enganando deliberadamente os sócios, tirando proveitos a seu favor, deixando-os na penúria?

Sem comentários: