sexta-feira, 24 de julho de 2009

ESPELHO MEU, DIZ-ME SE PODERÁ EXISTIR UM 1º MINISTRO MELHOR DO QUE EU?

Já não me restam dúvidas que não existiu nenhuma metamorfose, quando Sócrates nos parecia ter passado de “animal feroz” a gatinho ron-ron. O que eu penso é que ele passou-se mesmo da boneca o que, diga-se em abono da verdade, o torna ainda mais perigoso; - é que continua com toda a sua ferocidade, encapotado de bichano dócil, com a agravante de ainda não ter recuperado do revés sofrido nas europeias, provocando-lhe um estado patológico deveras preocupante.
«Está para nascer o primeiro-ministro que tenha feito melhor do que eu no deficit», afirmou com aquele ar convencido de quem já está habituado a pregar aos camelos.
Claro que está para nascer, sem dúvida, porque ninguém pode fazer o que quer que seja se ainda não existe, ou Sócrates mistura o futuro com o passado sem se dar conta de tal incongruência?
Mas se na verdade nos ultrapassa o que nos reserva o futuro, o mesmo não nos podemos permitir dizer do presente e do passado. E aí já tivemos tempo suficiente para conhecer José Sócrates de ginjeira.
A contenção do deficit foi feita a que preço e sobrecarregando quem e como enfrentam a crise?
Foram gastos 125 milhões dos 980 milhões de euros disponibilizados para combater a crise, o que representa que o Governo só executou 13 por cento da despesa prevista no plano.
No total, a despesa que o Governo já realizou para combater a contracção da economia e a subida do desemprego corresponde a uma taxa de execução de 12,8 por cento. Para áreas importantes do plano anti-crise, como o apoio às exportações e às Pequenas e Médias Empresas e a injecção de capitais em fundos de reestruturação industrial e de apoio ao investimento das empresas não há ainda qualquer contabilização de verbas executadas.Por aqui se pode verificar a enorme preocupação de estabilizar a economia, quando o Governo abre os cordões à bolsa rapidamente para injectar dinheiro no BPN, quando assina contratos de lesa estado com a empresa do seu camarada Jorge Coelho e faz uma serie de outros malabarismos que por tão corriqueiros se terem tornado, nos limitamos já a encolher os ombros e a praguejar: - mais um!
E como foram realmente estes quatro anos de governação?
Por tão negativos e exaustivos não me vou espraiar na sua enumeração, além de que são suficientemente conhecidos publicamente, mas não posso de salientar aqui um pormenor que me parece de grande importância:
Aí está o PS pronto para se apresentar a eleições com um programa eleitoral acabadinho de cozinhar por uma equipa encabeçada pelo Cozinheiro-chefe António Vitorino. Aliás o mesmo que cozinhou o anterior. Acontece que a ementa estava carregada de pratos apetitosos e muitos acepipes, mas o sr. Engenheiro meteu-nos a pão e água e, como estou desconfiado que a nova ementa é de comida requentada, aquela “panela” não me merece confiança. Vou comer fora!

2 comentários:

leaodaselva disse...

Se ainda pode comer fora até se pode dar por feliz. Virá a seguir o governo que tudo dará, que fará tudo bem sem o mínimo reparo. Será um mundo de verdade e um mundo de fartança. Não existe presentemente melhor passatempo do que dizer mal do governo a maior parte das vezes sem a menor razão e justificação.

leaodaselva disse...

Caro Joaquimclaro:

Tarde, muito tarde, mas como se costuma dizer, mais vale tarde do que nunca, vou responder à sua também resposta ao meu comentário. Deve-se isto a ter estado afastado uns tempos e por isso não respondi mais cedo. Mas desde já adianto que se me quiser responder, responda, pela minha parte dou o assunto por encerrado. Diz que o meu comentário é tendencioso, mas logo reconhece que o seu também o é. Estamos nos antípodas. Diz também que chama os bois pelos cornos. Pois eu acho que chamar para aqui os bois, é um bocadinho descabido e descontextualizado. Pois eu quanto aos bois, devo dizer que pego-os pelos cornos, e se eles forem bravos, parto-lhos. Diz também que eu me escondo, para logo a seguir dizer que visitou o meu blog e reconhecer que sou um acérrimo defensor do governo e do Sr. Sócrates. Então não me escondo, por isso o Sr. viu claramente. E não posso? Então o Sr. acha bonito e justo aquela maneira depreciativa e de chacota como escreveu àcerca do Sr Primeiro Ministro? Um comentário cheio de metáforas e ironias, a referir-se a política como cozinhados e cozinheiros chefes? Então as pessôas não têm nomes? Para o Sr., e desculpe-me se exagero, parece que isto só seria um Portugal maravilho, se governasse o seu partido. Se fosse o pcp até lá podia estar toda vida, como é hábito, mas se calhar é o bloco de esquerda ou outra esquerda ainda mais radical. Por fim interroga-se se eu pertencerei ao povo que sempre foi explorado ou à classe que o explorou. Daí, até se pode depreender que povo só será aquele que foi explorado. A classe pelos vistos não é povo. Foi explorado foi, mas certamente não foi mais explorado e massacrado e tiranizado do que o povo da urss durante o reinado do tirano estaline. Quanto a qual o povo a que eu pertenço, sempre lhe vou deixar uma dica. Somos quase da mesma idade, mas eu sou mais velho, basta dizer-lhe que quando entrei para a escola, tinha que andar cinco KM, e talvez seja mais, todos os dias duas vezes. E com o rio mira pela frente, e nesse tempo não havia pontes e nem estradas.

É tudo. Desejo-lhe muitas felicidades